Ivan Clavery
terça-feira, 25 de novembro de 2008
  Mas o dia insiste em nascer!

*questão pra faculdade reproduzida aqui nesse humilde blog ( sem revisão e depois de uma garrafa de Merlot chileno pra inspirar)

O século XX sem sombra de dúvida foi o século das rupturas, das negações. Nunca na história da humanidade tantas coisas deixaram de fazer sentido, nunca tantos dogmas caíram por terra, nunca tantas certezas simplesmente desmancharam no ar. Picasso, Matisse e outros já davam a entender na primeira década do século passado que as coisas nunca mais seriam as mesmas. A ruptura era sem volta. Daí passando pelo futurismo, pelo modernismo brasileiro, pelo surrealismo da década de 20, pelo expressionismo alemão, por James Joyce, por Andre Breton, por Henry Miller e seus Trópicos, por Salvador Dali, por Luis Buñuel, pelo jazz norte-americano tentando quebrar barreiras raciais naquele país, por Vladimir Nabokov e seu controverso Lolita, e por tantos artistas e movimentos que simplesmente abdicavam da tradição e queriam começar tudo do absolutamente novo, escarrando no pré-estabelecido, no dito classicamente correto. Uma tradição de ruptura se estabelecia e parecia não ter volta.

Esse movimento foi exacerbado na década de 60. Uma contracultura tomou conta do mundo e não somente a arte tradicional era questionada. Os costumes, o modo de viver propagado como o correto durante séculos era motivo de protestos, passeatas e manifestos. A sociedade mudava rapidamente. Vivíamos a plena modernidade. Godard questionava em seus filmes o relativamente novo cinema, que mesmo tendo menos de um século repetia as fórmulas do romance do século XIX. Roy Liechenstein e Andy Warhol explicitavam uma sociedade hipócrita ocidental que consumia pelo simples motivo de consumir. O movimento beat de Allen Ginsberg, Jack Kerouac e William Burroughs celebrava a não-conformidade e inflamavam jovens de todo mundo a questionar. Simplesmente questionar.

É esses anos 60 foram realmente representativos dessa época impressionante que foram os primeiros 60 ou 70 anos do século XX. Mulheres, negros, jovens, todos imaginavam um futuro melhor, mais justo e feliz. A esperança era a palavra da moda e tudo era possível num mundo onde Che Guevara e Fidel Castro faziam a revolução numa ilha há poucos quilômetros da grande potência mundial e onde pobres guerrilheiros do Vietnã humilhavam cada vez mais os prepotentes ocidentais donos do mundo. Tudo fazia sentido, a revolução final estava próxima, a vitória era iminente. Mas ela não aconteceu.

O que fez a necessidade de mudança deixar de ser o mais importante, o vital, foge a uma análise menos posta em perspectiva. Octávio Paz tenta investigar essa troca de paradigmas em seu artigo no Jornal do Brasil no qual comenta sobre a crise da vanguarda, sobre o declínio da estética da mudança. Surge uma nova época que adora a repetição de antigos rituais, talvez numa roupagem nova, mas que claramente paga tributo ao passado. O que teria levado a isso?

A negação de todas as coisas pelo moderno levou a uma crise de referências. Nos fez bem desvencilharmos de dogmas preconceituosos e tradicionais, mas dessa negação surgiu um vácuo. O que surgiria dali? A revolução não aconteceu, a pobreza manteve-se e a utopia era mera lembrança quando pós-crise econômica de 1973 as coisas mudaram com a posterior chegada de regimes ainda mais duros socialmente como Reagan nos EUA e Thatcher na Inglaterra. Não havia nada para nos segurarmos e precisávamos achar algo sólido para nos apoiarmos. Escolhemos o que seria mais óbvio. Ressignificando o passado e pegando as referências anteriores e transformando para uma nova era. A cultura da ruptura esvaziava-se de sentido.

Muitos chamaram essa nova forma de pensar e valorizar o mundo de pós-modernidade. Otávio Paz critica essa denominação, mas para ele é claro o fim do culto a mudança, a necessária ruptura. E observando hoje uma música de destaque da, possivelmente, banda brasileira mais influente desse século percebemos que Paz acertou na sua leitura mesmo ainda em plena década de transição como foram os anos 80.

Marcelo Camelo dos Los Hermanos em sua "Todo Carnaval tem seu Fim" canta a dúvida da necessidade de mudar. "Pra que mudar?" exaspera Camelo no fim da canção. Podemos antes de avaliar a música em si comentar alguns fatos sobre o Los Hermanos. Começando com uma banda pela qual todos imaginavam ser de um sucesso só, os Los Hermanos praticamente se reinventaram em seu segundo álbum, exatamente incluindo referências inusitadas para uma banda brasileira dita de rock. Aplicando influências do samba criaram dúvidas de qual caminho traçariam, mas como Otávio Paz bem citava a tradição de nossa época não é a ruptura, mas sim a releitura e a reverência. E os Los Hermanos trouxeram o samba de novo à tona como talvez nenhum artista brasileiro fazia em muitos tempo. E o samba, música que ficou confinada a guetos durante pelo menos vinte anos, voltou a ser adorado com fervor por boa parte da juventude. Bastante coisa pra uma banda que um dia foi condenada por muitos a ser lembrada somente por "Anna Julia".

Voltando a "Todo Carnaval...". É uma música claramente pós-moderna, ultramoderna, do tempo de agora, ou de qualquer termo que queiram usar. Uma canção que admite a tradição ("toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado"), que vangloria o uso das referências e não renega o passado ("toda bossa é nova e você não liga se é usada) e quem sem dúvida admite a existência de um tempo circular que não necessariamente progride em direção ao bem maior. Uma declaração de amor ao presente é cantada no refrão: "Deixa eu brincar de ser feliz". Não obstante, o uso do verbo brincar é sintomático. O letrista não tem certezas, busca respostas, questiona ao mesmo tempo que vangloria o passado, e mesmo assim admite suas incertezas e percebe "que o dia insiste em nascer" independentemente de qualquer dúvida ou questionamento.

E com isso dito, vemos muitas proximidades do propagado por Otávio Paz. "O agora foi sempre o tempo dos poetas" diz Paz e é isso que talvez tenha saído do domínio dos modernos quando colocavam o futuro em posição de quase dominância completa.

O que virá depois daqui? "Os homens jamais souberam do nome do tempo em que viveram" diz Otavio Paz. Tenhamos certeza que ainda mais difícil é prever o que vem a seguir ao presente. Entretanto sem forçar muito percebe-se que por alguma razão novos tempos parecem estar próximos. O pós-moderno (ou, repetindo para agradar Paz, qualquer que seja a nomenclatura para esses) trouxe de novo o presente para a perspectiva necessária, matou a utopia, mas talvez exagerou-se de nostalgia. Algo novo vai surgir. Nem que seja necessário romper novamente com o pré-estabelecido.
 
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
  Central do Brasil e Candeia/Cartola
Ver um filme bom que foi visto há 10 anos atrás é estranho. Você lembra que gostou do filme, mas as coisas mudam tanto em 10 anos. Suas preferências, perspectivas, expectativas são completamente diferentes passados tanto tempo.

Eu sabia que Central do Brasil era um bom filme. Lembro que quando assisti tinha meus 13 anos e era um dos primeiros filmes brasileiros que eu tinha visto. Se não contarmos Trapalhões e coisas assim, provavelmente tenha sido o primeiro mesmo (com todo o respeito aos Trapalhões).

Enfim, fui assistir o filme hoje lembrando de quase nada. E que coisa. O filme faz até mais sentido se fosse feito em 2008. A história do Brasil contemporâneo escancarada ali. E profeticamente metaforizando um Brasil século XXI que cogita voltar seu olhar pro sertão e se tornar completo enfim.

Além dessa vertente nacional, é um filme que resvala nas contradições, ambigüidades e perrengues que o homem contemporâneo (nesse caso da mulher que fez a Fernanda Montenegro ir pro Oscar) sofre por não ter mais em que se segurar e apoiar. A religiosidade corta o filme a partir do momento que saímos da metrópole e entramos nas profundezas do Brasil. É um retrato de um Brasil ainda enraizado em coisas que para muitos de nós não fazem mais nenhum sentido. Essa perda de dogmas foi essencial e importante, mas traz conseqüências pesadas e fardos a carregar.

E lá está Fernanda não acreditando em nada, perdida, sem saber direito o que vai sair dessa merda toda e carregando um passado com muitas merdas cometidas por ela própria. Enfim, temos o retrato do ser contemporâneo que vive no caos urbano sem acreditar em porcaria nenhuma tentando se dar bem do jeito que for possível e que se dane o que isso possa acarretar.

Daí entra o garoto Josué. Trazendo esperança que aparenta ingenuidade, inocência mas por isso mesmo apaixonante por acreditar num improbabilidade quase gritante. E Fernanda acaba sendo carregada pelo garoto pra dentro das profundezas do Brasil. Quando leva o menino até seu destino, Fernanda se acha um pouco, se descobre. As sensações, as atmosferas, a estrada com o garoto a faz perceber que talvez o objetivo maior não seja algo tão impalpável assim. Pelo menos percebe que existe um caminho que deve ser percorrido.

É emblemático a música que percorre os créditos... ”Preciso me Encontrar” de Candeia numa versão cantada por Cartola. É uma letra tão espantosamente descritiva do atual estado das coisas que sempre que eu ouço fico embasbacado pela sensibilidade dos dois sambistas. Pois é, grande filme, grande música. As vezes a arte nos indica o caminho a ser trilhado mesmo.

 
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
  Mais um dia normal no Rio de Janeiro
Post roubado do Noblat: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

 
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
  A ANA BLOGA

Ana Cañas é uma artista promissora. Muita gente já sabe disso e esperamos ansiosamente seu segundo disco.

O primeiro disco é cru, com algumas músicas bastante interessantes, mas a moça se supera no palco, onde a apresentação ao vivo fica bem a frente do disco propriamente dito. Assistir a um show da Ana é pura alegria.

Muito disso dá-se em conta de ser uma artista ainda descobrindo caminhos, mas boa parte também tem por razão a dose cavalar de porra louquice que a Ana transmite no palco.

Dêem uma sacada e confiram que ela não é assim porra-louca só quando tá bêbada no palco (sempre), mas também escrevendo pro blog pessoal dela, que é engraçado PARA CARALHO:

E ah, Ana descobriu a Esperanza Spalding no TIM FESTIVAL e se amarrou absurdamente...! ISSO PODE SER BEEEEEEEEEM RELEVANTE!

http://www.anacanas.com/blog/blog.aspx
 
terça-feira, 4 de novembro de 2008
  02:00 - OBAMA ELECTED
MASSACRE

PORRRRRRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAA

A FUCKING NEW WORLD

SEM PALAVRAS
 
  HOLOGRAMAS rolando agora na CNN
Will.I.AM acabou de aparecer na CNN no formato de um holograma...Star Wars total.

Novos tempos.

Update: Vitória absuuuuuuuuuuurda de Obama em estados vitais como Colorado!

PORRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAa

Qualquer próximo post nas próximas 12 horas será com fator alcóolico exarcebado
 
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
  Itau-Unibanco
Um desabafo final por hoje.

Só espero que o senhor Setubal não me acabe com o ARTPLEX.

Só faltava essa.
 
  Quem te viu, quem te vê
Está chegando o dia mais importante para o planeta pelo menos nesse curto século. Muito já foi comentado e continuará sendo após o resultado das eleições sobre a possibilidade de um negro atingir o posto mais alto do mundo. Mas não custa por algumas coisas a mais em perspectiva.

O processo histórico racial nos EUA é muito mais complexo do que parece. Era simplesmente inconcebível para qualquer pessoa minimamente escolarizada nos anos 50 imaginar um presidente negro americano em tão pouco tempo. Pra isso basta avaliar as atividades culturais que mais caracterizam os EUA. E um historiador a pouco tempo comentou que daqui há 2000 anos os EUA serão lembrados apenas por três coisas: A Constituição, o baseball e o jazz. Parece absurdo, mas existe algo de verdade nisso.

O jazz é a principal contribuição artística norte-americana em todos os tempos. Isso é inegável. O ritmo originado em New Orleans é uma mistura de influências africanas, latinas, de cantos religiosos , do blues do sul dos EUA e de mais muitas outras tendências da cosmpolita New Orleans do final do século XIX. Apesar de todas essas influências quem inventou e desenvolveu o jazz foram mesmo os paupérrimos negros daquela cidade.

O processo histórico do desenvolvimento do jazz é longo, complexo e não cabe aqui. Mas basta dizer que a primeira gravação em disco de uma canção de jazz foi feita em 1917. Por brancos. O preconceito foi explícito durante toda a Era do Jazz (década de 20) e era do swing (principalmente década de 30) e por muito mais tempo no mundo do Jazz. Louis Armstrong e Duke Ellington se apresentavam nos hotéis mais luxuosos dos EUA, mas não podiam se hospedar lá por causa da cor. E mesmo assim é ponto concordado por todos os especialistas que o jazz foi vital na lenta mas progressiva perda de preconceitos na sociedade americana. Os americanos viram um negro espetacular como Louis Armstrong mudando COMPLETAMENTE o modo de tocar um instrumento com solos quebradores de paradigmas e ainda da forma de cantar tradicional, e com isso influenciando a música ocidental de forma SEM PARALELO em toda a história da música contemporânea.

Sem sombras de dúvida Louis Armstrong foi um pioneiro. Como Barack.

Outro pioneiro foi Jackie Robinson. Pra quem não sabe Jackie Robinson em 1947 foi o primeiro negro a jogar o passatempo preferido dos norte-americanos: o baseball. A importância do baseball pode não ser muito compreendida por nós, mas sua história é intrínseca a história do século XX norte-americano. A liga de baseball na primeira metade do século era MUITO mais organizada e valorizada do que qualquer liga do mundo. Uma liga sólida já existia em 1901... E por 46 anos o esporte foi completamente jogado sem a presença de negros.

Jackie Robinson foi um pioneiro. Como Hussein.

A distância perspectiva de um presidente negro pode ser posta em perspectiva por um livro de um brasileiro famoso e racista. Nos anos 1920 Monteiro Lobato escreveu a ficção “O Presidente Negro”. Comentar o racista e ridículo livro de Monteiro Lobato não vem ao caso, mas basta dizer que o livro profetizava o primeiro presidente negro americano no século XXIII numa sociedade americana ainda dividida raivosamente por raças.

Mas o incrível na história de Obama é muito mais do que o simples fato de ser negro. Ele é sem sombras de dúvida o político mais impressionante que eu já vi. O discurso de Obama em março em Philadelfia, pouco depois de alegações de que estaria envolvido com religiosos extremistas é das coisas mais fenomenais que já ouvi em termos de potência de retórica. Sócrates ficaria boquiaberto. Além disso, suas propostas para saúde, distribuição de renda e imigração são no mínimo surpreendentemente progressistas mesmo para os democratas. Enfim, o dia de amanhã tem tudo pra ser um marco não somente na questão racial e de integração do país mais importante do mundo, mas tudo para termos o primeiro marco de uma ideologia menos tenebrosa se comparada com a qual nos últimos oito anos quase destruiu as esperanças de um século XXI melhor que o anterior. Que a luz esteja nos eleitores dos estados chaves americanos e que tenhamos um novo modelo de sociedade para um país que, querendo ou não, é o país chave dó mundo ocidental.


Que o dia raie mais belo na quarta. Com Obama.
 
  Mensagens da madrugada
De maneira alguma esse é um blog pessoal ou diário, mas algumas histórias são tão absurdamente saborosas que não dá pra não contar. Mas pelo menos por enquanto nesse tipo de post não vamos citar nomes por aqui.

Tava com um amigo meu que eu não via a muito tempo tomando chopp aqui em Botafogo e a gente tava contando um pro outro nossas aventuras em 2008. Que ano pra ambos. Mas enfim, a gente começa a comentar das merdas que acontecem devido a mensagens de celular enviadas enquanto bêbados. Todo mundo tem sua história particular nesse assustador mundo do sms alcoólico, mas a história do meu amigo é impagável. O cara me fez rir durante trocentos minutos. Vamos lá:

Tava o cara ainda no começo do ano, antes do carnaval, saindo com uma garota. Tinha saído papo de duas ou três vezes só, tavam se conhecendo ainda, blá, blá, blá. Daí uma noite nosso herói sai numa sexta pro happy hour só com os amigos. Bebe todas, mas todas mesmo. Chega em casa as 3 da manhã. Ainda tá eletrizado da noitada, então pega uma cerva final na geladeira e começa a zapear a TV.

Zapeando a TV assiste pará num programa duma TV educativa qualquer sobre a abolição da escravidão no país. Emociona-se com a bravura dos negros em tempos tão difíceis, com a coragem dos abolicionistas e por fim desce uma lágrima ao final do programa. BEBAÇO, destemido, querendo compartilhar sua emoção, digita confiante em seu celular a mensagem pra sua ficante: “PRINCESA ISABEL LIBERTOU OS ESCRAVOS”.

Claro que a mulher achou que nosso ídolo era um lunático e cortou o cara depois disso. Enfim, ao que parece essa história ficou lendária entre o grupo de amigos do cara. Todo mundo arrumava um jeito de usar essa anedota para importuná-lo.
O ano corre. Até que duas semanas atrás, nosso herói está na seguinte situação: Saindo direto com uma mulher que conheceu no carnaval (!!!) e ao mesmo tempo com uma que conheceu num curso de inglês.

Nosso herói está em dúvida, confuso. Pegou afeição pelas duas. Não sabe quem escolher, mas precisa definir a vida. E enfim que rola mais uma noite só com amigos. Todos bebem todas, até que nas altas da madrugada param num cachorro-quente. Enquanto todos comem, nosso herói discorre alcoolizado sobre sua enorme dúvida. Solidarizados, os amigos propõe um desafio. Que nosso herói mande para ambas a mesma mensagem que no começo do ano tinha o feito perder a então peguete.

Mais uma vez com coragem digna, nosso destemido herói pega seu celular e digita novamente “PRINCESA ISABEL LIBERTOU OS ESCRAVOS” e manda ao mesmo tempo para as duas.
Todos ficam apreensivos. Passa algum tempo chega uma mensagem. Uma delas respondeu aparentemente puta: “QUÊ HISTÓRIA É ESSA???????”. Nosso herói fica tenso. Todos riem, mas nosso herói percebe a merda que pode ter feito. Entretanto alguns segundos depois chega outra mensagem. É a outra garota... A mensagem?

“E OSWALDO CRUZ APLICOU A VACINA!”


Needless to say, essa é pra casar.........
 

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